Ultra-som: A avaliação do risco e benefício potencial

Ultra-som: A avaliação do risco e benefício potencial

18 de fevereiro de 2019 0 Por Equipe de Redação

Comparado com outras ferramentas de diagnóstico, o ultrassom é considerado seguro e não produz efeitos colaterais.

Ele não expõe os pacientes à radiação ionizante e, portanto, é mais seguro que as tomografias e raios-X. Na maioria dos casos, o ultrassom não é invasivo ou significativamente desconfortável.

Permite procedimentos mais seguros, envolvendo agulha, cateter ou outros dispositivos invasivos, fornecendo aos médicos uma ajuda visual em tempo real.

Geralmente não envolve agulhas ou injeções e nunca requer uma incisão.

O ultrassom é relativamente barato e está disponível em muitos tipos de unidades de saúde e até mesmo em equipamentos móveis de fácil transporte.

Muitas condições difíceis de diagnosticar ocorrem nos tecidos moles e nas estruturas do corpo que não são bem representadas nos raios-X.

O ultrassom abriu essas áreas para avaliação e diagnóstico mais precisos. Por essas e outras razões, o ultrassom tornou-se indispensável na medicina.

Riscos

A única preocupação com a segurança do ultrassom que foi levantada em grau significativo é no caso do ultrassom fetal.

O ultrassom é seguro para o feto em desenvolvimento? Os riscos do ultrassom durante a gravidez são desconhecidos porque poucos estudos em larga escala abordaram essa questão em profundidade.

Naqueles estudos que analisaram a segurança obstétrica do ultrassom, a maioria ocorreu duas ou mais décadas atrás, quando as intensidades de varredura eram uma fração do que é usado hoje.

Portanto, estudos anteriores sugerindo que o ultrassom não é perigoso para o bebê não nascido podem não ter relação com as práticas atuais de ultrassom fetal.

Alguns estudos sugerem que o procedimento pode contribuir para um crescimento fetal mais lento e outros problemas, enquanto outros mostram que o ultra-som pré-natal de rotina não oferece benefício em gestações normais e pode levar a um número elevado de bebês sendo falsamente diagnosticados como de alto risco.

Esse cenário leva a um ciclo de testes excessivos e estresse elevado para a mãe e outros membros da família nos casos que, de outra forma, seriam tratados como gestações normais.

Ultrassom Doppler

Preocupação particular foi levantada sobre os efeitos do ultrassom Doppler em um bebê por nascer, porque o Doppler usa ondas contínuas em vez de pulsos intermitentes e, portanto, causa maior exposição quando comparado ao ultrassom convencional.

Potencialmente mais perigoso é o aumento da prevalência dos chamados ultrassons de lembrança.

Ultrassons 3D e 4D

Os ultrassons de lembrança usam imagens 3D e 4d não para fins médicos, mas por razões emocionais e pessoais, ou seja, para visualizar e tirar fotos de um bebê por nascer e determinar seu sexo.

Os defensores afirmam que essa experiência de vínculo pode aumentar os resultados saudáveis, motivando as mães a cuidar melhor de si mesmas durante a gravidez.

No entanto, permanece o fato de que os longos tempos de exposição usados ​​nos ultrassons de lembrança 3d e 4d não foram estudados adequadamente quanto aos riscos de segurança para o feto.

Ultrassons pré-natais

Dado esses riscos desconhecidos à segurança e o fato de o ultrassom de rotina para gestações saudáveis ​​não proporcionar benefícios e levar a intervenções médicas desnecessárias, alguns especialistas fizeram a recomendação do senso comum de evitar os ultrassons pré-natais de rotina e usar o procedimento somente quando surgir um problema que justifique mais investigação.

Outra maneira de diminuir o risco é minimizar o tempo e a intensidade da exposição usando um ultrassonógrafo habilitado e evitando o ultrassom Doppler, se possível, especialmente no início da gravidez.

Futuro

Além dessa preocupação com a segurança, há todos os motivos para supor que o ultrassom médico de diagnóstico continuará sendo uma ferramenta essencial na medicina.

Os avanços tecnológicos estão criando máquinas mais rápidas e mais leves, com mais memória, e os novos projetos de sondas transdutor resultarão em melhor acesso ao tecido e imagens.

Os pesquisadores também estão desenvolvendo ultrassom portátil e displays de ultrassom heads-up que os médicos podem usar durante os procedimentos.

A escolha de uma carreira em ultrassonografia médica diagnóstica traz a oportunidade de observar essas inovações e contribuir para um diagnóstico ainda mais eficaz e um tratamento bem-sucedido dos pacientes no futuro.