Melhor detecção do câncer de intervalo – o raio X é suficiente?
11 de junho de 2018Há algum tempo, questiona-se por que alguns cânceres de pulmão são detectados por radiografia, enquanto outros não.
Novas pesquisas descobriram maneiras de identificar os tipos de pessoas que podem se encontrar em risco para essa forma de doença.
Os resultados foram apresentados no Congresso Anual da European Respiratory Society de 2012 em Viena.
Nos últimos anos, não houve uma redução significativa nas taxas de mortalidade experimentadas como resultado do câncer de pulmão.
Embora as radiografias de tórax possam ser implementadas para rastrear o câncer de pulmão, elas nem sempre são tão eficazes quanto seria ótimo.
Como tem havido um número de casos em que os pacientes foram diagnosticados com certos tipos de câncer dentro de doze meses de receber uma radiografia de tórax negativa.
É claro que o erro humano pode ser o culpado por alguns desses casos, com o câncer sendo talvez perdido durante a revisão da radiografia.
Entretanto, mesmo além do erro humano, pode haver casos em que o câncer é indetectável devido à triagem, técnica ou por causa da rapidez com que o câncer se desenvolveu.
Isso permite iniciar e tornar-se evidente dentro de menos de doze meses entre a triagem negativa e a aparência do próprio câncer.
Ao todo, há muita coisa ainda desconhecida sobre essa forma de câncer de pulmão que às vezes não é detectada pelo exame de radiografias de tórax (chamadas de “câncer intervalado”).
Pesquisadores têm buscado analisar o tipo de pessoas que tendem para desenvolver este câncer, bem como as características da doença, a fim de compreendê-lo melhor.
A fim de descobrir essas respostas, mais de 77.000 pessoas participaram de um estudo de rastreamento, no qual foram acompanhadas após avaliações iniciais negativas.
Dessas mais de 77.000 pessoas, 450 indivíduos acabaram sendo diagnosticados com câncer de pulmão durante o ano de sua radiografia de tórax negativa, dos quais 152 não foram detectados inicialmente pela radiografia.
No final, os resultados revelaram que esses “cânceres de intervalo” estavam em um estágio mais avançado quando foram diagnosticados.
Foi descoberto também que eles eram tipicamente cânceres de pulmão de pequenas células (mais prováveis de ocorrer em homens com história de tabagismo) e eram menos frequentes.
Os resultados deste estudo mostraram que as radiografias são insuficientes para detectar câncer de pulmão, já que esta forma da doença – que é mais agressiva – provavelmente acabará sendo perdida.
Ao todo, esse aumento de compreensão ajudará a comunidade médica a detectar melhor o câncer de intervalo e a salvar mais vidas no processo.